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Por que o seu plano de saúde está cada vez mais caro?

  • Foto do escritor: Gustavo Dias Santiago de Amorim
    Gustavo Dias Santiago de Amorim
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

E o que isso tem a ver com você?

Quando olhamos para a fatura do plano de saúde, o sentimento costuma ser de frustração.

“Está mais caro do que nunca!”

E está mesmo.

Mas o que pouca gente percebe é que o aumento nos custos não está apenas ligado a fatores externos como inflação médica, judicialização da saúde ou envelhecimento populacional. Ele também tem a ver com a forma como cada um de nós se relaciona com o cuidado em saúde.

O uso que fazemos, os custos que geramos




Todo plano de saúde funciona com base em um princípio solidário: muitas pessoas contribuem para que todas sejam cuidadas quando precisarem. Mas, com o tempo, esse equilíbrio se rompe quando o uso dos serviços cresce de forma desproporcional.

  • Pedidos de exames sem indicação clínica clara.

  • Consultas repetidas por insegurança, sem pactuação com um profissional de referência.

  • Internações que poderiam ser evitadas com mais atenção ao cuidado diário.

  • Abandono de tratamentos, que depois precisam ser reiniciados, muitas vezes com mais complexidade e custo.

Tudo isso gera impacto. Não só financeiro, mas sobre o tempo, a energia e a qualidade de atenção disponível para quem realmente precisa naquele momento.


E eu com isso?

É claro que há problemas estruturais e ninguém está dizendo que as pessoas são culpadas. Mas há uma diferença entre culpa e responsabilidade compartilhada.

Falar sobre corresponsabilidade é reconhecer que a saúde não se constrói só na consulta médica. Ela começa nas escolhas do cotidiano, no modo como lidamos com o corpo, com o tempo, com o sofrimento.


É lembrar que:

  • Nem toda dor precisa de um exame.

  • Nem todo desconforto precisa de um remédio.

  • Frustração faz parte da vida, e aprender a atravessá-la é também cuidar da saúde mental.


Saúde não é só assistência. É também projeto de vida.


Por muito tempo, associamos saúde à ausência de sintomas. Mas saúde é muito mais: é autonomia, é vínculo, é sentido. E isso não se compra com coparticipação zero nem com acesso irrestrito.


É preciso cultivar.

  • Cultivar relações de confiança com profissionais que te conhecem e acompanham com regularidade.

  • Cultivar hábitos possíveis, não perfeitos.

  • Cultivar paciência com o próprio processo, que nem sempre será linear.


Fazer o possível, sem perder o horizonte

A utopia da saúde plena pode parecer distante. Mas é ela que nos move.

A cada pequena decisão, ao escolher caminhar, ao aceitar que não precisa fazer todos os exames “só por garantia”, ao confiar no tempo de um tratamento bem construído, você ajuda a tornar o cuidado mais sustentável, mais acessível, mais humano.

Não se trata de fazer tudo. Se trata de fazer o que é possível, com lucidez, com responsabilidade e com cuidado.


E se cada um fizer sua parte, quem sabe os planos de saúde também mudem de rumo?

 
 
 

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